Ela rabisca,
como de costume, desejando uma nova ideia. Em vão, os vários traços e pequenos
círculos de sempre dominam o papel como se ilustrassem a confusão que ali
habita. Aquela jovem moça se esbarra na ânsia por tudo querer, mas nada poder.
A impotência de criar ideias que apenas preenchem o vazio das folhas antes em
branco, que jamais passam de meras anotações. A vontade, as vezes intensa, se
afunda no dia a dia em meio a turbulenta pressão do tempo que voa e não lhe
permite se dedicar ao que gosta, a não ser ao sono de noites mal dormidas
tentando se encontrar em uma realidade paralela através dos sonhos.
Em meio a crise econômica, ela se
depara com a existencial. Talvez seja o peso dos seus vinte e cinco anos que já
soam apenas como aqueles cinco, que faltam para chegar aos trinta. E então, se
atropela com tantas cobranças na mente.
Ela por vez se questiona. Seria a
hora de desistir dos antigos anseios e viver a tal rotina estereotipada por
todos - ou…
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