Agora minhas lembranças correm por ai. Por todo tempo relembram de outrora. Não me permitem esquecer. E sem perceber é o teu cheiro que domina o meu ar.
Ela rabisca, como de costume, desejando uma nova ideia. Em vão, os vários traços e pequenos círculos de sempre dominam o papel como se ilustrassem a confusão que ali habita. Aquela jovem moça se esbarra na ânsia por tudo querer, mas nada poder. A impotência de criar ideias que apenas preenchem o vazio das folhas antes em branco, que jamais passam de meras anotações. A vontade, as vezes intensa, se afunda no dia a dia em meio a turbulenta pressão do tempo que voa e não lhe permite se dedicar ao que gosta, a não ser ao sono de noites mal dormidas tentando se encontrar em uma realidade paralela através dos sonhos. Em meio a crise econômica, ela se depara com a existencial. Talvez seja o peso dos seus vinte e cinco anos que já soam apenas como aqueles cinco, que faltam para chegar aos trinta. E então, se atropela com tantas cobranças na mente. Ela por vez se questiona. Seria a hora de desistir dos antigos anseios e viver a tal rotina estereotipada por todos - o
Fortes, porém fracos para o amor. Se existe algo que pode realmente nos destruír, ou 'construir', resumo apenas em quatro letras. Capazes de fazer mudar, de derrubar, de engrandecer, e emudecer. de entusiasmar e abalar. Ah o amor... Onde é que andas nessas horas?
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